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Será o fim da educação?

Foto do escritor: Flavia QuintanilhaFlavia Quintanilha

Uma das perguntas que paira em nosso dia a dia é: devo ser favorável ao ensino on-line? As mães e pais afoitos irão responder, sim! As “crianças” não devem ficar sem atividades nessa pandemia! Mas calma lá! Tem muito mais coisas nesse angu. Sei que existe um enorme mercado por trás disso, como aponta Raquel Varela em seu texto “O ensino on-line é uma forma de destruir a educação” para o VoxProf. E tenho que admitir que seu Raio-X da questão foi pontual. Mas o que quero falar aqui é um pouco além, quero a visão “micro” do problema.

E começo dizendo que a coisa já não estava boa antes dessa loucura toda. É isso mesmo! E se você, pais ou professores, não notaram que a porcentagem de alunos que estava “ligado” na aula era ínfima… uma lástima. Como diria minha avó: cego é aquele que não quer ver. Ditos populares à parte, era bem isso. Em turmas de 30 alunos e até de 90 (que já tive o desprazer de ter sem recursos de som) a participação sempre girou em torno do GIGANTESCO índice de 5%, pois… alguns vão procurar o “culpado”, mas não podemos fazer isso sem sermos muito, mas muito críticos ao sistema todo que nós mesmos armamos como forma de vida. Nós privilegiamos aqueles que aparecem e, de preferência, os geniais. Todos queremos ser geniais! Mas não somos. Alguns poucos serão consistentes a ponto de serem monotemáticos. Mas isso também nem é tão bom assim, digo sobre saber todas as espécies de mariposas do hemisfério norte e não saber interagir com o colega que quer contar da aventura que teve ao fazer a travessia de algum rio nas férias de verão. Mesmo não tendo tomado ciência de todas as espécies de seja lá o que for na viagem. É! O que estou falando é sobre que existem muitos conhecimentos e nenhum deles é melhor que outro. Poucos terão o interesse por tudo

Acontece que com o que estamos vivendo, o grande lance, o incentivo é que paremos de estudar! Paremos de pensar! Não queremos nada que tenha algum esforço, já que ser famoso é infinitamente melhor que conhecer algo verdadeiramente.


Estamos matando o conhecimento em sua raiz!


Não preciso dizer que essas crianças e adolescentes mal sabem o que estão fazendo, pois veem adultos maldizendo coisas que eles mesmo fazem. Quem seguir? Não há mais o correto e incorreto, há o que me faz ser melhor do que aquele que compete comigo. Primeiro eu! E que quando olharem me deem likes

Ah, não avaliemos! Dizem os pedagogos, diretores, professores. E isso tinha que ter sido feito desde o começo, para que não sejam feitas coisas porque são obrigatórias. E também para que não mandem como resposta em uma prova a cópia de algum site. E se você ainda não pensou sobre isso, posso lhe dizer que é a parte de maior humilhação da educação. Uma afronta ao professor e uma desvalorização de si próprio. Espera-se, de uma pessoa alfabetizada, que leia um texto e o saiba contar com suas próprias palavras. Mas como isso é raro ultimamente!


Poder-se-ia dizer: somente alguns vão se sobressair com seu esforço. Mas sabemos que isso é uma balela. Depende da família em que se nasce, dos amigos que se têm e se esses amigos têm ou não projeção ou poder. E que possamos ter o reconhecimento sem carregar o fedor do protecionismo

Bem, o que parece é que a educação está em guerra com ela mesma. E o pior de tudo isso é que não se têm escola sem pessoas. E quando paramos para pensar nisso só podemos imaginar o silêncio que há hoje em todos os pátios de colégios e salas de aula do ensino básicos às universidades. E, vendo por esse prisma, o que parece é que a educação se faz com muito barulho. Um barulho de crescimento e interação. De amizade e companheirismo. Nunca o barulho daqueles que querem nos calar.

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