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Em reverência ao amor

Foto do escritor: Flavia QuintanilhaFlavia Quintanilha

Atualizado: 29 de jan. de 2020

Ao entrar nessa casa entregue-se. Entre com a pessoa amada lado a lado. Batam a cabeça no chão que os acolhe e sentem-se, em silêncio, o tempo que for necessário. Abra seu melhor sorriso e abra-se a tudo o que o amor lhe oferecer. Sem controle, sem tomar qualquer parte como menor e indigna. Só se entra verdadeiramente no amor com olhos e corações abertos, livres.

Afaste-se das promessas e poemas juras de amor carnal. A paixão é possessão. É sujeitar-se. É querer o outro submisso. Não o amor. O amor enaltece. Cumpre a palavra e se entrega no que a união dos mundos oferece. O amor erradica o medo e faz o trajeto todo lado a lado. Nunca mais ou menos. Só se entra nessa casa com igualdade. E o caminho que se abre as vezes pedras as vezes flores é olhado e respeitado por ser esse o caminho. Aquele que ama nada teme. Pois cada palavra dada é por princípio palavra cumprida. E o medo nunca encontrará morada ali, nem a desconfiança e nem o xingamento. Só há palavras de afeto no amor, pois nele mora toda a verdade. O desejo de viver o amor nada é sem que se abram portas e janelas para que ele viva. O amor não envaida, honra. Mantém-se ereto e firme. Somente pela mão de quem ama o enxame se acalma, pois nunca haverá abandono ou medo nessa casa onde dois unam. Onde o tambor avessa. Onde o traço giz. O mantra que se diz nessa morada é em uníssono e as teclas não se perdem no andamento. Mantenha-se limpo nessa casa, pois será o abrigo e a sorte se dará. E nessa aliança nunca se craveja, pois o elo é limpo e nada necessita além de si. É com a alma pura que adentra nessa casa. Com pés descalços pisam essas tábuas. Com joelhos dobrados compromisso. Como oração chame o nome amado e a palavra será sempre canto solene.





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