A solidão continuada agora em outra substituída e imposta faz os dias que são os mesmos ficarem mais densos. São os mesmos suspiros entre regas e café. Passos inumeráveis num mínimo quintal que se torna mundo ao pairar o olhar na asa da jataí. O zum que se dá no dia faz ver a luz do sol entrar pela porta da sala de vidro e todas as folhas de amora que balançam na sombra da manhã. O gato pequenino que brinca na cortina carrega mais sabedoria e vida que meus infinitos dias refletidos, sentidos.
Sou mesmo um verso inacabado que está surdo de todos os vãos.
A pausa que toca nessa partitura perpetua seu timbre no silencioso agora.
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